PENSANDO E REPENSANDO A IPC
Publicado em 25/08/2025
Nossas reflexões sobre a IPC nos levaram a concluir que um dos maiores desafios e, ao mesmo tempo, um dos nossos mais elevados chamados é manter a união do Corpo de Cristo. A divisão dentro da igreja não apenas enfraquece nossa missão, como também prejudica nosso testemunho ao mundo. Portanto, é essencial que busquemos a unidade com diligência e intenções claras.
O chamado bíblico para a unidade
A Bíblia nos instrui repetidamente sobre a importância da unidade. Em Efésios 4.3, Paulo exorta: “Façam todo o esforço para conservar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz”. A união com os irmãos é apresentada como uma prioridade espiritual, algo que devemos buscar de todo o coração.
Jesus, em Sua oração sacerdotal, clamou para que Seus seguidores fossem um, como Ele e o Pai são um (João 17.21). Esse nível de unidade é um reflexo da própria Trindade e é fundamental para demonstrar ao mundo que pertencemos a Cristo.
Unidade espiritual e doutrinária
A unidade que devemos buscar não é meramente externa ou organizacional, mas profundamente espiritual. Ela começa com a nossa fé comum em Jesus Cristo e no entendimento claro das doutrinas fundamentais. Atos 2.42, nos relata que a Igreja Primitiva se dedicava ao ensino dos apóstolos, à comunhão, ao partir do pão e às orações, exemplificando como a unidade espiritual se manifesta em práticas comuns.
Unidade em diversidade
Entender que a diversidade de dons, culturas e perspectivas enriquece a igreja é determinante. Paulo ilustra essa verdade em I Coríntios 12, comparando a igreja a um corpo com muitos membros, cada um desempenhando uma função única e vital. Adiversidade não deveria ser uma fonte de desunião, mas uma expressão do rico mosaico do Reino de Deus.
Divisão por preferências pessoais
Muitas vezes, divergências em questões menores, como estilos de adoração ou preferências de atividades, podem levar à divisão. Essa realidade traz o alerta de I Coríntios 1.10, em que Paulo exorta a igreja a estar “perfeitamente unidos em um só pensamento e em uma só opinião”.
Para exemplificar, imagine uma orquestra em que cada músico toca a seu próprio tempo e escolhe sua música. O resultado seria uma cacofonia ao invés de uma sinfonia. Assim é a igreja quando cada um busca seus próprios interesses sem considerar o corpo como um todo.
Orgulho e falta de perdão
O orgulho e a incapacidade de perdoar são fontes frequentes de desunião. O Senhor nos chama à humildade e ao perdão, como descrito em Colossenses 3.12-14: “Revistam-se de compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência. Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros.”
Comunicação efetiva
Cremos que uma comunicação clara e aberta é essencial para promover a unidade. Isso, além de refletir respeito mútuo, também ajuda a evitar desacordos e ressentimentos.
Podemos exemplificar com uma comparação: a comunicação na igreja pode ser como uma ponte que conecta duas margens. Se a ponte estiver danificada ou fechada, as distâncias aumentam e as relações se rompem. Manter a comunicação aberta é essencial para manter essas pontes intactas.
Envolvimento no Reino de Deus
A participação nas atividades e projetos propostos pela igreja podem unir seus membros em torno de uma causa comum. Trabalhar juntos em missões, programas de ajuda social ou eventos comunitários como o Semear, que acontece na IPC, fortalece os laços entre os irmãos e reforça o sentimento de pertencimento.
Apoio pastoral
Nós, os pastores, temos um papel essencial em promover a unidade, seja por meio da pregação, do ensino e cuidado pastoral, pois assim demonstramos exemplos de amor, humildade e cooperação.
Testemunho poderoso
Uma igreja unida é um testemunho poderoso para o mundo. Quando o Corpo de Cristo está em harmonia, ele percebe a presença do amor de Deus. Essa unidade ajuda a atrair pessoas para Cristo, pois elas veem algo diferente e desejável na comunidade de fé.
Crescimento espiritual
A unidade promove um ambiente no qual os membros da igreja podem crescer espiritualmente. Ao minimizar os conflitos internos, podemos potencializar o impacto no discipulado, evangelismo e crescimento pessoal, pois a união e o apoio mútuo permitem que os dons espirituais sejam utilizados em sua plenitude.
Oração e dependência de Deus
A verdadeira unidade é um dom de Deus. Devemos buscá-la por intermédio da oração, pedindo que o Espírito Santo nos conduza a uma união autêntica. As nossas tentativas humanas de promover unidade podem falhar, mas sob a orientação divina, podemos encontrar a harmonia verdadeira.
Comprometimento contínuo
A unidade exige um compromisso contínuo. Devemos estar sempre vigilantes, trabalhando para resolver, de maneira rápida, os conflitos que surgirem e, em seguida, buscar a reconciliação. É um esforço conjunto, guiado por um amor sacrificial que se espelha no amor de Cristo por nós.
A união do Corpo de Cristo é fundamental para a saúde e o testemunho da igreja. Enquanto refletimos sobre nossa identidade e missão, devemos lembrar que a unidade é um chamado divino que deve ser buscado com todo zelo e urgência.
Que nós, da IPC, possamos nos comprometer a viver em unidade, mesmo diante das diferenças e desafios. Em tudo, que o nosso objetivo supremo seja glorificar a Deus através de uma igreja unida e vibrante.
Que estejamos atentos às preferências pessoais que podem gerar separatismo nas atividades da igreja. Afinal, somos um só corpo em Cristo Jesus.
Deus nos abençoe!
Um grande abraço,
Pr . Márcio Alves Oliveira
55 31 3825-1644
secretaria@ipbcariru.com.br