Nossos olhos se voltam para um passado distante.
Os descendentes de Jacó desceram ao Egito com setenta pessoas, nos dias em que José era governador do grande império egípcio. Ao cabo de quatrocentos anos, os israelitas haviam se tornado uma grande nação, pois o povo crescia, multiplicava-se e se fortalecia grandemente.
Então se levanta um novo Faraó que não conhecia os feitos de José. Preocupado com o expressivo crescimento dos hebreus e temendo um levante desses estrangeiros, ele decide tomar medidas drásticas para limitar o avanço deles.
A primeira medida foi transformar os hebreus em escravos.
Eles perderam liberdade, dignidade e direitos fundamentais.
Foram reduzidos a ferramentas de trabalho, a mecanismos de produção.
Não trabalhavam para si mesmos, mas para o Estado autocrático, produzindo não para o sustento de suas famílias, mas para o fortalecimento do Estado opressor.
Foram obrigados a edificar cidades-celeiros para a glória do Egito — e para a opressão de sua própria gente.
Os regimes totalitários sempre foram opressores:
defendem luxo para os governantes e escravidão para os governados;
tratam homens como máquinas;
esgotam forças, esmagam músculos, matam sonhos e roubam esperança.
Faraó percebeu que a escravidão não diminuiu o crescimento dos hebreus; pelo contrário, fez o povo crescer ainda mais.
Então adotou uma segunda estratégia: o assassinato secreto dos meninos hebreus.
Ordenou às parteiras que matassem, às ocultas, todos os bebês hebreus do sexo masculino.
As mulheres responsáveis por trazer vida deveriam agora ser agentes de morte.
Deveriam trair seu próprio povo.
Os opressores sempre engendram planos de morte.
Não respeitam a vida.
Tentam usar pessoas boas para práticas malignas, transformando agentes da vida em protagonistas da morte.
Mas sempre se deparam com pessoas tementes a Deus que se recusam a obedecer ordens perversas.
As parteiras hebreias ousaram desobedecer Faraó, demonstrando que quem teme a Deus não teme a homens.
Elas agiram como, séculos depois, agiriam Mesaque, Sadraque e Abede-Nego na Babilônia, como Daniel no império Persa e como os apóstolos em Jerusalém, que declararam ao Sinédrio:
“Antes importa obedecer a Deus do que aos homens” (Atos 5:29).
Diante do fracasso dos planos secretos, Faraó intensificou sua crueldade.
Convocou todo o povo egípcio a participar de um infanticídio generalizado:
todo menino hebreu deveria ser lançado ao rio Nilo para ser afogado e devorado pelos crocodilos.
Esse plano visava:
estancar o crescimento de Israel;
conduzir o povo ao extermínio;
e, espiritualmente, tentar impedir a vinda do Messias, obstruindo o nascimento do Salvador.
Era uma declaração aberta de guerra contra Deus e contra o Seu povo.
As águas do Nilo não seriam a sepultura dos hebreus, mas o veículo que carregaria a pequena arca onde estava aquele que, no tempo oportuno, seria o libertador do povo: Moisés.
Os homens perversos podem conspirar contra Deus e contra o Seu povo, mas seus planos caem por terra.
Eles são depostos e morrem,
mas o Senhor permanece no trono, governando os destinos da história, protegendo Seu povo e conduzindo-o em triunfo.
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