Que “mundo” devemos amar como Deus amou e que “mundo” o cristão não deve amar, segundo a Bíblia?
Publicado em 09/12/2025
As palavras mudam de significado conforme o contexto em que são usadas. A palavra “manga”, por exemplo, pode indicar a fruta, a parte da camisa ou até o nome de uma cidade. Da mesma forma, a palavra “mundo” na Bíblia possui diferentes sentidos.
A seguir, vejamos esses significados:
“O Deus que fez o mundo e tudo que nele há.” (Atos 17.24)
A palavra usada é cosmos, indicando a criação.
Este é o mundo que devemos amar, cuidar e preservar. O cristão deve ser defensor da natureza, da ecologia e da criação que Deus nos entregou como presente.
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito…” (João 3.16)
Aqui, “mundo” significa as pessoas — de todas as línguas, raças e nações — por quem Cristo morreu e derramou Seu sangue.
Este é o mundo que todo cristão deve amar, orando, servindo e anunciando o Evangelho da salvação.
No século I, quando Paulo chegou a Tessalônica, disseram:
“Estes que têm transtornado o mundo chegaram até nós.” (Atos 17.6)
Nesse caso, “mundo” se refere ao sistema ideológico, político, militar e econômico do Império Romano.
Roma era marcada por idolatria, imoralidade, ocultismo e culto ao imperador (“Senhor e Deus”).
A Igreja amava as pessoas, mas não a mentalidade dominante do mundo pagão. (Leia Romanos 1.18–31.)
Este é o mundo que o cristão não deve amar.
“Não ameis o mundo, nem o que no mundo há…”
“Pois tudo o que há no mundo — a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a soberba da vida — não provém do Pai…” (1 João 2.15–17)
Esse “mundo” é:
dominado pelo pecado,
influenciado por Satanás,
contrário à Palavra,
produtor de valores e comportamentos anticristãos.
Ele afeta a mente e o estilo de vida das pessoas — inclusive de alguns que frequentam igrejas.
A vitória sobre esse mundo vem:
pelo sangue de Cristo,
pelo poder do Espírito Santo,
pela obediência às Escrituras.
O texto acima, do Pr. Jeremias Pereira (Oitava Igreja Presbiteriana de BH), nos conduz a refletir sobre o que — ou quem — estamos amando.
Deus amou o mundo com um propósito: salvar os perdidos.
Quem ama o mundo pecaminoso também tem um propósito: satisfazer seus próprios prazeres.
Muitos têm amado a criação mais do que o Criador.
Nossas obras revelam se amamos mais a Deus ou ao mundo.
Que o Senhor nos conduza ao arrependimento, discernimento e santidade.
Que Deus nos abençoe!
Um grande abraço,
Pr. Márcio Alves Oliveira
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